Dezembro chegou! E com ele vem a proximidade do verão e maior exposição ao sol, pela população no dia a dia e nas horas de lazer e consequente maior risco de desenvolvimento de câncer de pele. Esse é o tipo de câncer mais comum no Brasil com cerca de 180 mil casos novos ao ano, o que corresponde a 27% de todos os tumores malignos e se diagnosticado precocemente apresenta 90% de chance de cura. Não obstante, em casos avançados essa neoplasia pode causar morbidade e mesmo o óbito.
Devido a esse fato, a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza desde 2014 a campanha do dezembro laranja para ajudar na conscientização da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele, em consonância, com os já consagrados, outubro rosa para câncer de mama e o novembro azul para o câncer de próstata.
E é exatamente no alerta da possibilidade de gravidade do câncer de pele que se inspira o tema desse ano: “Câncer de pele é coisa séria” e que a conscientização deve ser iniciada na infância, época da nossa vida em que conceitos são melhor absorvidos e fixados.
Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Em todos eles, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é o principal fator de risco.
A neoplasia pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado ou como uma ferida que não cicatriza.
Por ser a pele o maior órgão do corpo humano e está facilmente acessível a inspeção visual se torna totalmente justificável o autoexame e principalmente a avaliação de um dermatologista em caso de qualquer anormalidade.
Sendo assim, não deixe de aproveitar o verão, mas, com consciência em proteger-se do sol, principalmente entre as 10 e 16h, aplicar protetor solar adequado ao seu tipo e cor de pele e reaplicar periodicamente, após molhar-se e após transpiração excessiva, não esquecendo de áreas negligenciadas como orelhas, pálpebras e lábios. Reforçando que esses cuidados e conscientização devem ser iniciados na infância, diminuindo a exposição aos raios solares no decorrer da vida do individuo.
Heberton Medeiros Teixeira
Oncologista
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