Carlos Alberto de Souza nasceu em 22 de dezembro de 1951 em Recife. Ainda pequeno mudou-se para Olinda, a cidade dos artistas, com toda a família e logo foi atraído pela arquitetura colonial da cidade e por sua atmosfera cultural.
Na transição da adolescência para a idade adulta começou a frequentar as rodas de artistas. A esta altura já havia mostrado grande interesse pela escultura, pintura e música. Daí em diante não tinha como negar sua vocação. Embora a família tenha tentado persuadi-lo a seguir uma carreira acadêmica, ele preferiu o exemplo de tantos da sua geração que desenvolveram seus talentos aprendendo com os grandes mestres. Já no início da carreira começou a assinar suas obras com o nome artístico de Pedro Índio.
Em seu ateliê no bairro olindense do Bonsucesso, onde habitualmente recebe os amigos para uma boa conversa, quando perguntam se tem religião sempre responde: “Sou ateu graças a Deus”.
Pedro Índio é boa praça. Aparentando estar sempre de bem com a vida, é um artista na concepção mais profunda dessa palavra. Como se dizia antigamente, vai “levando a vida na valsa”.
Oriundo de uma numerosa família, foi o único entre os quatorze filhos que precisou de ajuda médica para vir ao mundo. Costuma sempre dizer: “Já nasci dando trabalho”. Talvez, distraído com seus futuros projetos, não tenha encontrado sozinho a saída da barriga de sua mãe. Multiartista e autodidata, Pedro Índio é escultor, pintor, ilustrador, cantor, compositor, além de músico, transita com naturalidade por diversos caminhos.
No início da carreira conviveu com personalidades que alcançaram notoriedade em âmbito nacional, tanto nas artes plásticas como na música. Sempre manteve a casa aberta a estes visitantes, aos quais influenciou e foi por eles também influenciado.
Durante os famosos “Anos de Chumbo” acabou criando um ambiente frequentado por artistas e intelectuais, uma espécie de reduto de resistência à ditadura militar.
A partir de 1973, começou a realizar várias exposições no Brasil e até algumas no exterior. Hoje, com sua companheira Ângela Santana, diz ter encontrado o par perfeito na vida e na arte. Vive uma vida tranquila, na medida em que tranquila pode ser a vida.
Como um verdadeiro artista, até hoje mantém-se inquieto, criativo e provocador. Salve Pedro Índio!
Haroldo de Freitas
Fotógrafo e Jornalista
PARABÉNS pela sua Arte Pedro!nota mil😺
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