A doença de Alzheimer (DA) é uma doença que se caracteriza pela redução da atividade funcional do cérebro (sistema nervoso central) e é considerada atualmente a causa mais comum de demência. A incidência aumenta com a idade e é rara abaixo de 65 anos (menor que 1%). O comprometimento da memória, especificamente a perda de memória para eventos recentes, é a característica mais frequente da DA e geralmente a sua primeira manifestação. O paciente pode recordar-se claramente da infância e ser incapaz de lembrar o que fez pela manhã. A redução da função cerebral para execução de tarefas, tende a ser afetada relativamente cedo, enquanto os déficits na função da linguagem geralmente se manifestam mais tarde no curso da doença.
A evolução é sempre progressiva, mas a taxa de progressão pode variar de um indivíduo para outro. A expectativa média de vida após o diagnóstico da doença, foi relatada entre 8 e 10 anos, mas pode variar de 3 a 20 anos.
Deve-se suspeitar de DA em qualquer adulto mais velho que apresente declínio progressivo da memória. Outro sintoma frequente é a repetição da mesma pergunta várias vezes. O diagnóstico de DA é feito em grande parte por essa avaliação clínica. Os testes neuropsicológicos e exames de imagem (tomografias) podem fornecer informações confirmatórias.
O tratamento é medicamentoso e visa retardar a progressão dos sintomas. Não há tratamento curativo. Alguns exames laboratoriais e de imagem (mais sofisticados que as tomografias) da DA, são cada vez mais utilizados em ambientes de pesquisa, em um esforço para diagnosticar a doença antes do aparecimento dos sintomas, uma vez que quanto mais precoce o diagnóstico, melhor será a evolução do paciente.
A prevenção da doença está ligada a iniciativas que mantenham a mente sempre ativa: estudar, ler, pensar, fazer exercícios de aritmética, jogos inteligentes, estimular atividades em grupo, evitar o fumo e bebidas alcoólicas, além da prática de atividades físicas regulares.
Kleber Matias
Médico e Jornalista
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